segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Meu (eterno) amor pequenino



Já se passaram quase 5 meses, mas parece que foi ontem que nasceste. Ainda me cabes nos braços, mas já começo a ter saudades por saber que um dia já não os vais querer.
Hoje já comes papa e sopa, já te viras sozinho de barriga para baixo, já falas para mim através de gritinhos, já sabes distinguir com um sorriso aqueles que te parecem afáveis e com beicinho aqueles que não se parecem nem um pouco, ficas quietinho enquanto te encho as bochechas de beijos, já agarras as coisas que te dou para as mãos.
Hoje preferes o meu sorriso ao invés de mil colos. Mas eu sei que não será para sempre.
Há quem diga que é sofrer por antecipação, há quem diga que é pura paranóia, mas, a mãe é que sabe, porque as mães sabem sempre, elas sentem. É como se já estivesse escrito no código genético dos afetos que nada é para sempre.
Hoje vivemos os dois em pura simbiose, porque tenho essa sorte de poder estar contigo em casa e ajudar-te a crescer. Mas sei que um dia, essa simbiose vai dar lugar a outras pessoas que te queiram amar, já não seremos só nós mas sim tu e o mundo.
Um dia saberás que nada é para sempre, excepto o amor que carrego no peito, esse, é eterno. Por mais que cresças, serás sempre o meu amor pequenino, eternizado num amor e numa felicidade só nossa, para onde poderás sempre voltar, mesmo que os meus braços sejam demasiado pequenos para te abraçar.
Porque haverá sempre em mim um coração cheio, e esse, será sempre capaz de te segurar.

Da tua (eterna) mãe.


2 comentários:

  1. Opah a foto já era suficiente ...mas o teu texto ainda veio enternecer mais o momento! Que doçuraaa:)

    elisaumarapariganormal.blogspot.com

    ResponderEliminar
  2. Oh, que post tão lindo...até fiquei com lágrima no canto do olho...mas tens razão, não dura sempre, mas paciência, o mundo não pára e eles têm de crescer. Esperemos que sejam boas pessoas e felizes.
    Beijinhos.

    misscokette.blogspot.pt

    ResponderEliminar